Paróquia Bom Jesus emite nota sobre decisão judicial: Pandemia ou politicagem?
Nota divulgada à imprensa busca solução frente ao apoio espiritual que as igrejas neste momento vivido representam para a comunidade.
Desde o início da pandemia, estamos vivendo uma nova realidade, nos adaptando ao novo normal. Desde que a Prefeitura Municipal de Ibitinga permitiu que fossem abertas as igrejas, seguindo orientações estabelecidas pelo Governo Municipal e Estadual, as igrejas vem se adequando e cuidando para o bem estar dos fiéis e, seguindo as normas de higiene previstas. Vem sobretudo, mantendo o distanciamento social, com ocupação de 30% da sua capacidade.
Capacidade essa que segundo representantes da Paróquia Bom Jesus nem foi atingida durante as missas. Num espaço onde suporta 700 lugares a exemplo desta igreja, a ocupação variava entre 60,70 pessoas. "Tínhamos o cuidado na fiscalização no uso de máscaras, o uso de álcool gel. Porém, na semana passada, a cidade acordou com uma nova determinação, que nos deixou no mínimo indignados. Fomos surpreendidos com uma medida judicial que impede a realização de missas, cultos religiosos e similares. A denúncia sobre nossas ações dentro do que foi orientado, foi realizada pelo coordenador da Vigilância Sanitária ao Ministério Público." - afirma o documento.
E ainda: "Infelizmente, ao que ao que parece foi uma jogada eleitoreira que acabou por atingir a igreja que anda muito preocupada com fiéis e que, acima de tudo, tem dado um suporte espiritual, a fim de promover um pouco de paz e conforto nesses tempos difíceis. Resta saber qual foi a intenção do coordenador da Vigilância Sanitária, que se de fato foi a preocupação com o bem estar do povo, ou se era somente tumultuar e tornar mais complicada a vida desse mesmo povo que anda sedento de Deus, com um joguinho sujo e eleitoreiro."
Na nota, a Paróquia, através de seus representantes afirma: "Nossa igreja não irá se intimidar! Estamos dispostos a lutar para defender nossa igreja, nossa fé. Vamos cobrar um esclarecimento do denunciante que parece só ter visto aglomerações e risco dentro das igrejas. Nos responda! Somente a igreja aberta para cultos e missas causam aglomerações? As regras de isolamento social previstas no Decreto Estadual não se aplica aos bancos, supermercados, jovens no passeiódromo (sem máscaras, bebendo), churrascos com amigos?!"
E conclui: "A população também ficou estarrecida com a determinação judicial, bem como seus líderes religiosos. Embora não considerem 'igreja' como serviço essencial, cuidar das feridas abertas por essa cruel pandemia – família sem o mínimo de estrutura emocional para gerir velhos problemas agravados por esse novo COVID-19, não tem a mínima importância, não é verdade? Precisamos refletir e acima de tudo agir. Vamos defender nossas igrejas, se preciso for, também mostrar aos órgãos judiciais o nosso ponto de vista".
O texto emitido finaliza com o nome da paróquia Senhor Bom Jesus, datado desta segunda-feira, dia 29 de junho 2020.
Comentários (5)
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MARCOS ANTONIO LOURENÇO • há 6 meses
As igrejas Evangélicas da cidade de Ibitinga também foram atingidas de forma cruel e desnecessária por essa denúncia da Vigilância Sanitária. Concordo com o exposto acima. Solicito, ainda, ao Ministério Público que reveja seu posicionamento. Não importa que exista um decreto, Acima do Decreto, seja ele municipal ou estadual, está a nossa Constituição. Eu invoco a Constituição e peço ao M.P. que represente a população cristã da cidade e não vá contra ela.
Julio Soares • há 6 meses
Romanos 13
1 Cada qual seja submisso às autoridades constituídas, porque não há autoridade que não venha de Deus; as que existem foram instituídas por Deus.
2 Assim, aquele que resiste à autoridade, opõe-se à ordem estabelecida por Deus; e os que a ela se opõem, atraem sobre si a condenação.
3 Em verdade, as autoridades inspiram temor, não porém a quem pratica o bem, e sim a quem faz o mal! Queres não ter o que temer a autoridade? Faze o bem e terás o seu louvor.
4 Porque ela é instrumento de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, porque não é sem razão que leva a espada: é ministro de Deus, para fazer justiça e para exercer a ira contra aquele que pratica o mal.
5 Portanto, é necessário submeter-se, não somente por temor do castigo, mas também por dever de consciência.
6 É também por essa razão que pagais os impostos, pois os magistrados são ministros de Deus, quando exercem pontualmente esse ofício.
7 Pagai a cada um o que lhe compete: o imposto, a quem deveis o imposto; o tributo, a quem deveis o tributo; o temor e o respeito, a quem deveis o temor e o respeito.
Esvaldi Marqui • há 6 meses
Realmente há que se rever essas reabertura. Concordo com a Nota publicada. Também em outras cidades aconteceu isso. Bancos, lotéricas, supermercados, pedágio, também peomovem aglomeração e estão abertos.